Filo Annelida

Filo Annelida

 

Alunas: Aline, Erika, Nayara e Viviane.

FILO ANNELIDA


O filo Annelida trata dos organismos segmentados. São animais com os quais nos já estamos familiarizados tais como minhocas e sanguessugas.  É um filo constituído por 16.500 espécies, sendo a maioria de origem marinha podendo ter até um pouco mais de 3m de comprimento. São protostômios arquetípicos e bastante utilizados para estudo sobre os Metazoa.

 

Polychaeta

                                                                           

Presumidamente possuem os membros mais antigos do Filo Annelida. Em sua maioria são animais marinhos, que ocorrem em locais que variam de entremarés a profundidades extremas, poucos habitam água salobra ou doce. Possuem formas simbiontes e duas espécies no mínimo que vivem em meio terrestre. Seu comprimento varia de 1mm a 3m de comprimento.

ESTRUTURA

Sua diversidade deve-se a sua estruturabásica, acelomado metamerizado homônomo (Figura 1). A forma dos poliquetas reflete seus habitats e hábitos. São predadores (errantes) e alguns cavadores e comedores de depósito. Poliquetas sedentários são geralmente tubícolas comedores de suspensão e apresentam algum grau de heteromia.

 

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(Figura 1:Morfologia interna de Polychaeta. Fonte: https://www.dbi.uem.br/marion/aula31-4b.pdf acessado dia 09 de novembro de 2013)

LOCOMOÇÃO

Os poliquetas utilizam os espaços celômicos como esqueleto hidrostático para a sustentação do corpo. Associado à musculatura bem desenvolvida, ao plano corporal metamerizado e aos parapódios. Durante o movimento, os músculos longitudinais de um lado, em qualquer segmento do corpo, se contraem e relaxam alternadamente em sincronia oposta com a ação dos músculos do outro lado do segmento.

ALIMENTAÇÃO

A grande diversidade de formas e funções encontradas em poliquetas permitiu-lhes explorar praticamente todas as fontes alimentares marinhas, de uma maneira ou de outra. São classificados em raptoriais, comedores de depósitos e de suspensões.  

SISTEMA DIGESTÓRIO

O trato digestório de poliqueta é construído de acordo com o padrão básico anelídeo de regiões anterior, mediana e posterior do trato digestório ( Figura 2).

O alimento é transportado ao longo do trato digestório por cílios e por ação peristáltica da musculatura do trato digestório, que geralmente compreende a camada circular e longitudinal.

 

 
   

 

(Figura 2: Morfologia interna e extrema de Polychaeta. Fonte: https://www.dbi.uem.br/marion/aula31-4b.pdf acessado dia 09 de novembro de 2013)

SISTEMA NERVOSO E ÓRGÃOS DOS SENTIDOS

O gânglio cerebral de poliquetas  é geralmente bilobado e fica dentro do prostômio. Um ou dois pares de conectivos circum-entericos se estendem do gânglio cerebral, ao redor da região anterior do trato digestório, e se unem ventralmente no gânglio subentérico. Os gânglios estão dispostos ao longo desses cordões nervosos, um par em cada segmento, e são conectados por comissuras transversais. Nervos laterais se estendem de cada gânglio para a parede do corpo e cada um possui um gânglio pedal.

REGENERAÇÃO E REPRODUÇÃO ASSEXUADA

Os poliquetas possuem capacidades regenerativas diferentes. Alguns são capazes de regenerar várias partes do corpo.

Muitos poliquetas utilizam seus mecanismos de regeneração para a reprodução assexuada.

REPRODUÇÃO SEXUADA E DESENVOLVIMENTO

A grande maioria dos poliquetas é dióica. Os poliquetas não possuem gônadas permanentes ou órgãos reprodutores complexos. Já os gametas geralmente amadurecem dentro do celoma e são liberados para o exterior através de gonodutos, celomados, nefrídios, ou por uma simples ruptura da parede celular do animal. Alguns indivíduos liberam seus gametas na água e seu desenvolvimento é externo.

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Oligochaeta

A subclasse Oligoqueta compreende 6.000 espécies de anelídeos clitelados. A maioria destes vive em água doce ou em ambientes terrestres.

ESTRUTURA

Os oligoquetas (Figura 3) não possuem parapódios e geralmente apresentam menos apêndices na cabeça ou menos elaborados.

 

 (figura 3: Morfologia externa de Oligoqueta. Fonte: https://fdr.com.br/formacao/compostagem-e-minhocultura/caracteristicas-das-minhocas/ acessado dia 09 de novembro de 2013 )

O corpo pode ser homônomo, ou incluir alguma especialização regional, como brânquias localizadas ou variação no comprimento das cerdas. Uns poucos segmentos são sempre modificados como o clitelo, uma região secretora que atua na reprodução. As cerdas variam em comprimento, forma e espessura. A maioria das cerdas não é móvel.

A cabeça dos oligoquetas é formada por prostômio e peristômio e incorporam alguns segmentos corporais anteriores. O pigídio encontra-se na parte posterior do tronco metamerizado e porta o ânus.

LOCOMOÇÃO

 Os oligoquetas dependem muito do seu esqueleto hidrostático bem desenvolvido para suporte e locomoção. A ação dos músculos da parede do corpo nos fluidos celômicos fornece as mudanças hidráulicas associadas ao padrão típico dos oligoquetas. Promovem movimentos peristálticos e movimentos das cerdas.

(Figura 4: Esquema de locomoção de Oligoqueta. Fonte: https://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/filo-anelideos/filo-anelideos-2.php acessado dia 09 de novembro de 2013)

ALIMENTAÇÃO

 Os oligoquetas mostram modos alimentares especializados, que evoluíram em associação a seus hábitats particulares e exploram diversas fontes alimentares. A maioria pode ser classificada como predadora detritívora ou comedora de depósito.

SISTEMA DIGESTÓRIO

O sistema digestório de oligoquetas é basicamente um tubo reto, com vários graus de especialização regional, particularmente em direção à parte anterior. Esta tem a funções primárias da região anterior do trato digestório são ingestão, transporte, armazenamento e digestão mecânica do alimento. Esses processos são auxiliados por muco lubrificante produzido por glândulas da faringe. O resto do tubo digestório é  uma região mediana, ou intestino, reta, derivada da endoderme, que leva a uma curta região posterior proctodeal e ao ânus, localizado no pigídio.

SISTEMA NERVOSO E ÓRGÃOSDOS SENTIDOS

Os componentes que os oligoquetas possuem são característicos da espécies, um glanglio cerebral supra-enterico unido a um cordão nervoso ventral ganglionar por conectivos circum-entéricos e um glanglio subenterico.  O gânglio cerebral é responsável por diversos nervos prostomiais, em sua maioria é sensorial

REPRODUÇÃO SEXUADA E DESENVOLVIMENTO

Os oligoquetas são hermafroditas e geralmente possuem sistemas reprodutores distintos e complexos, incluindo gônadas permanentes. Além disso, várias partes do aparelho reprodutor estão restritas a certos segmentos do corpo do animal, geralmente na região anterior. A disposição dos sistemas reprodutores facilita a fertilização cruzada, seguida pelo encapsulamento e disposição dos zigotos.

(Figura 5: Reprodução de Oligoqueta. Fonte: https://fdr.com.br/formacao/compostagem-e-minhocultura/caracteristicas-das-minhocas/ acessado dia 09 de novembro de 2013)

Hirudinoidea

Possui cerca de 500 espécies. São anelídeos clitelados, possuem número fixo de segmentos. As sanguessugas são caracterizadas pelas ventosas anterior e posterior e pelo clitelo.

ESTRUTURA

A cabeça é composta pelo prostômio, que é reduzido, e por alguns segmentos anteriores do corpo. O peristômio não é aparente, podendo estar ausente.  

 

(Figura 6: Esquema da morfologia interna de um Hirudinoidea.Fonte:https://www.savalli.us/BIO385/Diversity/09.Annelida.html acessado dia 09 de novembro de 2013)

A região clitelar só é aparente na época reprodutiva. Na região posterior do corpo encontra-se uma ventosa.

LOCOMOÇÃO

Os músculos circulares e longitudinais agem antagonicamente contra o espaço interno, que permanece com volume constante. Ela adere a ventosa posterior e os músculos circulares se contraem e tem como resultado o alongamento do animal e redução do seu diâmetro. Desta forma o animal se estica e prende a ventosa anterior ao substrato, relaxa os músculos circulares encurtando o animal e puxando-o para frente (Figura 7).

(Figura7:Locomoção de Hirudinoidea. Fonte: https://setimocientista.blogspot.com.br/2012/05/terceiro-bimestre-anelideos.html acessado dia 09 de novembro de 2013)

ALIMENTAÇÃO

Mais da metade das espécies conhecidas de hirudinoidea é ectoparasita, e alimenta-se por sucção de sangue ou de outros fluidos do corpo de seus hospedeiros. A maioria dos demais membros dessa subclasse é predadora de pequenos invertebrados e há uns poucos detritívoros, que se alimentam de material animal morto.

SISTEMA DIGESTÓRIO

O trato digestório das sanguessugas inclui uma região anterior estomodeal, uma região mediana derivada da endoderme e uma região curta posterior proctodeal. A região anterior, conforme já mencionada, inclui boca, mandíbulas, cavidade bucal, probóscide, faringe e esôfago: esta região é revestida por cutícula, que confere rigidez à probóscide e forma as mandíbulas.

SISTEMA NERVOSO E ÓRGÃOS DO SENTIDO

O sistema nervoso das sanguessugas é composto por poucos neurônios, e cada uma dessas células nervosas é grande o suficiente para serem mapeadas com detalhes.

REPRODUÇÃO SEXUADA E DESENVOLVIMENTO

 Os hirudinóideos são hermafroditas, possuem órgãos reprodutores complexos, e sofrem desenvolvimento direto. Seu aparelho copulatório é frequentemente complexo e varia nas espécies. Cada duto espermático é distalmente enrolado e dilatado, formando um duto ejaculatório. Os dois dutos se unem num átrio muscular e glandular comum.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Referencias bibliográficas:

1.    Brusca, R.C. & Brusca, G.J. Invertebrados. Guanabara-Koogan. 2007. 1098p.

2.    Ribeiro-Costa,  C.S.   &  Rocha, R.M. Invertebrados:   Manual   de Aulas   Práticas. 2ª     edição.    Holos   Ed..   2006. (Série:   Manuais   Práticos   em        Biologia, 3).   271p.

3.    https://www.savalli.us/BIO385/Diversity/09.AnnelidaImages/LeechWMLabel.jpg   acessado dia 09 de novembro de 2013.

4.    https://www.dbi.uem.br/marion/aula31-4b.pdf  acessado dia 09 de novembro de 2013.

5.    https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/bioanelideos.php  acessado dia 09 de novembro de 2013.

6.    https://www.biologia.ufrj.br/labs/labpoly/BiologiaII.pdf   acessado dia 09 de novembro de 2013.

7.    https://fdr.com.br/formacao/compostagem-e-minhocultura/caracteristicas-das-minhocas/  acessado dia 09 de novembro de 2013.

8.    https://fdr.com.br/formacao/compostagem-e-minhocultura/caracteristicas-das-minhocas/  acessado dia 09 de novembro de 2013.